Love Steaks (2013)

Esse Eu Vi
2 min readMay 17, 2022

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O amor inconsequente no cinema experimental

“Um refinado hotel é o cenário do primeiro encontro entre o casal Clemens (Franz Rogowski) e Lara (Lana Cooper), ambos com diferentes objetivos a serem alcançados. Por trabalharem no mesmo local, os encontros serão inevitáveis. Juntos, eles descobrirão uma nova trilha a ser seguida.”

Os descendentes do Dogma de 95 seguem trazendo frescor à sétima arte, pra bem ou pra mal. Porém quando o cinema experimental consegue se desprender de si e acha um viés que o conduz a um resultado maior do que sua proposta, ele consegue seu apogeu. E Love Steaks faz isso com maestria. Mesmo se tratando de um drama, o tom de comédia romântica atrapalhada que permeia pelo filme orna perfeitamente com a interação do casal de atores principal. Interação um com outro e deles com os funcionários reais onde o filme se desenvolve.

O improviso e a câmera colada aos rostos por vezes parecem intimidar e constranger os não-atores profissionais, mas a maneira com que eles sustentam as situações é simpática e contribui para o desacerto dos protagonistas. E é justamente esse “desequilíbrio” entre a “vida real” e a encenação que imprime um tom de sátira que faz parecer como se o filme não estivesse se levando tão a sério. Compromete a linguagem e a narrativa? De jeito nenhum, mas distrai um pouco, o que, no final das contas, ainda é positivo.

O filme é bastante sensível e sensorial como pode, e traz o equilíbrio das situações da vida como tema principal, a comédia de erros do dia-a-dia que pode surgir entre uma pessoa que está sempre com o pé no freio e outra que dirige sem segurar o volante. O casal de protagonistas é bastante carismático e constroem dois personagens precisos e honestos.

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Written by Esse Eu Vi

Ávila Oliveira - Crítico de cinema desde 2012

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