Emergência (2022)
Fui rir (e ri) e acabei chorando (e muito)
“Prontos para uma noite de festas épicas, três estudantes universitários voltam para casa e encontram uma mulher desconhecida inconsciente no chão de seu apartamento. Preocupados, eles tentam levar a mulher a um local seguro sem levantar suspeitas.”
Ao mesmo tempo em que os primeiros minutos de Emergência dão o tom do filme, eles não te fazem acreditar que o filme vai tomar um caminho bem diferente do que ele realmente toma. Ele se inicia com uma rápida introdução dos protagonistas em meio a falas de humor ácido e críticas sociais que vão ser os dois pilares principais da trama. Mas a direção precisa de Carey Williams vai desdobrando o filme devagar e revelando onde o roteiro vai desembocar.
O problema de filmes que tenta equilibrar tantos temas ao mesmo tempo é não conseguir dar conta de nenhum e acabar parecendo uma colcha de retalhos. Mas aqui tudo é muito bem costurado e os temas coexistem de uma maneira tão uniforme que a sátira se imprime de maneira concisa e não escrachada. É até mesmo surpreendente no final das contas.
Com diálogos rápidos e ásperos em sua maior parte do tempo, mesmo nos momentos mais engraçados o filme não perde sua sensibilidade. Ele é divertido se você acha que tem que ser, e extremamente duro independente se você espera ou não.